Belo Horizonte Agenda : Rafael Soares lança Afrobrasileiro em show no Teatro Marília

Belo Horizonte Agenda : Rafael Soares lança Afrobrasileiro em show no Teatro Marília

Programação Digital

Belo Horizonte Agenda : Rafael Soares lança Afrobrasileiro em show no Teatro Marília

O show de lançamento do trabalho ‘Afrobrasileiro‘ do cantor, compositor e instrumentista Rafael Soares, será no dia 25 de março, sábado, às 20h, no Teatro Marília. Os ingressos custam R$ 30,00 (inteira) e R$15,00 (meia). Classificação: Livre. Duração: 1 hora.

No show, a ligação de Rafael Soares com a ancestralidade negra é desenhada do início ao fim. “Começo saudando o povo da rua por meio da participação do grupo “Samba da Meia Noite” e suas sambadeiras e, na sequência, saudamos  o senhor dos caminhos e da comunicação apresentando uma música inédita “Elegbá” (Bruno Cupertino/Vinícius Mineiro) que ainda não foi gravada no álbum, mas já principia  um trabalho futuro traduzindo a própria capacidade de Exú de subverter e transitar pelo tempo. O roteiro segue passando pelo samba ‘tradicional’ até mergulhar nas misturas e concepções que trazem um certo modernismo, mas sem deixar de valorizar os elementos fundamentais. Haverá momentos em que o berimbau rouba a cena e, também, uma intervenção de voz e tambor afrocubano (Batás)”, detalha o sambista.


Rafael Soares lança Afrobrasileiro

Entre coexistências, transformações, desvios, rupturas e encruzilhadas da teia ancestral da cultura afrodiaspórica brasileira, surge a concepção do primeiro álbum de Rafael Soares, intitulado “Afrobrasileiro”.  Com oito faixas, o trabalho parte de referências do samba e da capoeira, e transita por tempos e musicalidades negras diversas, visitando passado, presente e futuro. 

O trabalho artístico de Rafael Soares tem o samba e a capoeira como principais vertentes, e a sua musicalidade é marcada pela conexão com a ancestralidade negra. “A minha música faz parte do meu sagrado. A ancestralidade se faz presente em todas as instâncias de minha vida. Desde criança tenho uma ligação muito forte com o tambor, o berimbau e com os cantos. É importante lembrar que para se falar de ancestralidade é preciso desconstruir a ideia de que o ancestral está apenas no passado, quando na realidade ele se faz presente habitando temporalidades múltiplas, por meio de tudo que foi deixado como legado e ensinamento. Nós somos, hoje, a soma de tudo o que foram nossos ancestrais, por isso não tem como dizer que eles não estão presentes. Quando eu canto sinto que faço parte de algo maior que começou a muito tempo e que vai continuar existindo de alguma forma, mesmo quando eu não estiver mais aqui. São todos esses precedentes que, de certa forma, me transformaram no artista que sou hoje”, explica Rafael Soares.

No álbum “Afrobrasileiro”, cada música recebe uma ilustração do artista Ricardo Cordeiro de acordo com a sua percepção subjetiva da obra musical e de acordo com os quadrantes do Cosmograma Bakongo, ampliando e instigando a percepção do público na descoberta dos símbolos contidos naquela música. Essas ilustrações se encaixam numa espécie de mosaico, formando uma imagem com rosto de Rafael Soares, resultando na capa do álbum.