Porto Alegre Agenda Cultural : “Céu-duro” abre a programação do Farol.live em fevereiro com entrada franca

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Porto Alegre Agenda Cultural : “Céu-duro” abre a programação do Farol.live em fevereiro com entrada franca

Na quarta-feira, 08 de fevereiro de 2023, o Farol.live promove performance inédita com entrada franca a partir das 19h: Céu-duro poderá ser conferida na Praça da Alfândega, em frente ao Farol Santander, apresentada pelo Coletivo Grupelho. O projeto produzido pelo festival Kino Beat e Cuco Produções é um espaço de incentivo à criação e experimentação em diversas linguagens e tecnologias, suas intersecções e desdobramentos. A programação conta com variadas imersões artísticas envolvendo nomes da cena cultural brasileira, apostando no cruzamento de música, artes visuais, artes cênicas, audiovisual e tudo mais que couber no imaginário de cada artista envolvido. 

Como despertar a percepção para as relações interespécies que ocorrem na praça? A partir desta pergunta, o Coletivo Grupelho elabora a performance Céu-duro, desdobramento do processo artístico vivido nas três semanas da residência artística Formigueiro. A tentativa de resposta se esboça na criação de um momento performativo em que as percepções do corpo individual revelam sentidos coletivos. Para pensar o espaço, é preciso reelaborar o corpo. Esta re-elaboração enquanto ocupante da cidade é mediada por um objeto relacional desenvolvido pelo Grupelho, inspirado na relação do peso das formigas com a tensão superficial da água – fenômeno causado por uma teia de moléculas na superfície do líquido, altamente associadas entre si por ligações de hidrogênio – característica que possibilita que as formigas transportem gotículas de água na própria mandíbula. Céu-duro refere-se à maneira com que a matéria é sentida, dada a proporção de uma formiga.

O Coletivo Grupelho trabalha com experimentações performáticas em Porto Alegre desde 2016, desenvolvendo pesquisa de corpo e sitespecific na rua com base na dança contemporânea, na performance, em explorações físicas e somáticas. De origens multidisciplinares (Psicologia, Teatro, Jornalismo, Artes Visuais, Dança, Licenciatura) es artistes têm em comum a formação do Grupo Experimental de Dança de Porto Alegre. O Coletivo é formado por Bruna Chiesa, Bruno da Rosa Cunha, Débora Poitevin, Janaína Ferrari e Roberta Fofonka. Entre suas obras destaca-se Tiger Balm // Experimento cênico, vencedor do Prêmio Açorianos de Dança 2019 na categoria Direção e ILHA, de 2022, que venceu o Prêmio Açorianos de Dança na categoria Intérprete Destaque pela performance de Janaína Ferrari. O Coletivo também assina as performances urbanas BOLHA e Banho de Sol na Rua da Praia. O método de criação proposto pelo Coletivo se dá no cruzamento entre os interesses físicos e referenciais teóricos. Para pensar a dança, buscamos referências não só deste campo, mas da literatura, das artes visuais, das artes marciais, do cinema, da filosofia e da antropologia. Os conceitos de “pedagogia do afeto” e “dramaturgia do convívio” são chaves nos processos do Coletivo Grupelho, que aposta na sustentação da pesquisa sem anseio de buscar um ponto final ou fechamento absoluto de um processo criativo, apostando na transformação dos materiais e tendo a experimentação enquanto escolha estética e dramatúrgica. Essa soma entre es integrantes permite crescimento individual potencializando também os trabalhos solos des artistes. 

Com curadoria de Gabriel Cevallos, fundador e curador do Kino Beat Festival, as apresentações serão desenvolvidas de forma inédita ou em adaptações pensadas especificamente para o espaço, explorando os recursos e limitações da sala enquanto dispositivo criativo. Ao longo de 10 meses, o público poderá conferir 20 performances da primeira edição reunindo artistas de diferentes vertentes, com projetos comissionados ou adaptados que serão gravados ao vivo na sala e difundidos pelos canais do projeto.

Além das performances, atividades formativas gratuitas também serão promovidas como oficinas, palestras, vivências e workshops, criados a partir de tópicos práticos e teóricos derivados das apresentações artísticas. “O corpo presente, seja na prática dos artistas envolvidos ou na fruição do público, será premissa das apresentações. O objetivo é promover e difundir a produção artística autoral do estado do RS em intercâmbio com a produção nacional”; revela o curador.


Farol Santander Porto Alegre

Criado para relembrar o passado, marcar o presente e iluminar o futuro, o Farol Santander Porto Alegre completou três anos em março de 2022. Neste período, recebeu 11 exposições de artes visuais, em diversas temáticas, com artistas nacionais e internacionais, divididas entre os espaços do Grande Hall e do Átrio. Em 2022, o Farol Santander ampliou sua atuação cultural com concertos de música clássica e popular, além de espetáculos de dança. Participaram respectivamente a Orquestra de Câmara da ULBRA e a Cisne Negro Cia. de Dança.

O Cine Farol Santander, no subsolo do prédio, exibe programações com títulos e mostras cinematográficas de cineastas brasileiros e internacionais.

O histórico edifício no Centro da capital gaúcha, construído na década de 1930 e tombado pelo patrimônio histórico e artístico estadual, também possui atrações permanentes.

Na Galeria, a exposição fixa Memória e Identidade apresenta a história da cidade, do prédio e da política monetária brasileira. Já no subsolo, a outra mostra permanente, Os Dois Lados da Moeda, conta com um importante acervo de numismática do Rio Grande do Sul, propondo uma analogia entre as moedas “oficiais” e “não oficiais” que circulavam na região Nas laterais da sala é contada a evolução da moeda oficial do estado brasileiro.

Além dos espaços já citados, o Farol Santander Porto Alegre conta ainda com duas arenas para discussões e debates acerca de temas como cultura e gastronomia. O subsolo, que já conta com o Cine Farol Santander e a mostra Os Dois Lados da Moeda, ainda oferece aos visitantes um café.