Show Os Mutantes no Teatro Bravos em São Paulo – Dia 21 de outubro

Show Os Mutantes -Programação Digital
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Programação Digital

Show Os Mutantes no Teatro Bravos em São Paulo – Dia 21 de outubro

Show Os Mutantes, dia 21 de outubro de 2022, às 21h, no Teatro Bravos ( Rua Coropé, 88 – Pinheiros ), em São Paulo / SP. Ingressos: entre R$ 110 e R$ 300. Bilheteria de terça à domingo das 13h às 19h ou até o início do último espetáculo. Abertura da casa: 1 horas antes de cada horário de espetáculo.

Show Os Mutantes

No repertório, clássicos de todas as formações e canções do álbum “ZZYZX”, lançado pouco antes do vírus assombrar o planeta. A apresentação marca o retorno da arte de Mutantes ao palco antes de seguir para uma turnê nos Estados Unidos e Canadá, entre outubro e novembro próximos, com 20 shows já confirmados em cidades como Los Angeles, Denver, Dallas, Seattle, San Francisco, Sacramento e Vancouver – há locais onde os ingressos já estão esgotados, como Los Angeles em que farão sessão extra. “Eu não esperava tanta sede assim. Desde 2006, sempre tocamos para grandes plateias, com casa cheia e o curtindo tanto, que tínhamos que voltar ao palco duas ou três vezes! Pandemia sucks!”, diz o Mutante Sergio Dias.

Como novidade, o time conta agora com o reforço do guitarrista Camilo Macedo, já conhecido do público que já assistiu a shows de Sergio Dias Live em Jazz Mania. Completam a banda já juntos a 20 anos com Sergio Dias o baterista Claudio Tchernev, o baixista Vinícius Junqueira, o tecladista Henrique Peters e a cantora Esméria Bulgari. A energia da banda no palco é garantida por este time reunido por Serginho, que vai interpretar, além das músicas do novíssimo disco “ZZYZX”, grandes sucessos como “Balada do Louco”, “Bat Macumba”, “Panis et Circensis”, “Tecnicolor”, “Cantor de Mambo” e “Cidadão da Terra” – esta última, do aclamado álbum “Tudo Foi Feito pelo Sol”, que em 2016 foi tocado na íntegra em shows dos Mutantes em São Paulo.

Os Mutantes

Surgidos na efervescência da segunda metade dos anos 1960, em meio à psicodelia, ao experimentalismo musical, às colagens de sons, às cores, às mudanças de costumes, três “garotos paulistas” mudaram a cara da dita “música jovem do Brasil”. Contraponto musical e visual à Jovem Guarda, os irmãos Sergio Dias e Arnaldo Baptista, mais Rita Lee, encontraram Gil e Caetano. E, principalmente o maestro” Rogério Duprat. Foi um “desbunde sonoro e visual” levado às alturas pelos festivais. Aqui e assim, nasce o Tropicalismo: mastigando os Beatles de Penny Lane a Johann Sebastian Bach, misturando as batidas do violão suingado com a distorção da guitarra, com vocais harmoniosos e afinados e arranjos inusitados. Assim eram Os Mutantes naquele emblemático 1968.

Acabava a caretice. Todos foram convidados ao “País dos Baurets”! Logo a Europa conheceu a trupe, acrescida inicialmente pelo baterista Ronaldo “Dinho” Leme e depois pelo baixista Arnolpho “Liminha” Lima Filho, que liberou o espírito criativo de Arnaldo para os teclados. Eles eram a bossa nova, o samba, a Carmen Miranda que ninguém esperava. Sempre foram progressivos, lisérgicos, criativos, alegres. E brasileiros. Os Mutantes “viajam” literalmente em suas músicas. E com eles os jovens daqueles turbulentos anos 197080/90/2000/2010/2020 e hoje as novas gerações dos futuros séculos os hippies, bichos-grilos ou o nome que se quisesse dar.

Todos são Mutantes. O importante era a liberdade que vem da música. Da música d’Os Mutantes. O progressivo que vinha e veio da Europa dos USA e do Mundo se juntaram ao Brasil via Os Mutantes.

A banda permaneceu na ativa, em outras formações, entre 1966 e 1978, lançando (ou gravando) 9 LPs. Retornou às atividades em 2006 para um show no centro de artes Barbican, em Londres. O sucesso foi tanto, que Os Mutantes emendaram uma série de shows em cidades como Nova York, Los Angeles (com o Flaming Lips), San Francisco, Seattle, Denver, Chicago e Miami. Depois disso, não tinha mais como parar a máquina! Ou a viagem!

O Novo Álbum

Desde o retorno, em 2006, Os Mutantes já gravaram três álbuns de inéditas. O mais recente é “ZZYZX”, que saiu do forno pouco antes da pandemia. O trabalho traz 11 faixas, sendo duas em português, propondo romper as barreiras da música feita na Terra. A saída é por ali mesmo, pela ZZYZX, até a Casa dos Deuses na famosa Área 51. As dicas estão na linda capa do disco, de autoria do ilustrador norte-americano Thomas Sciacca. De novo Mutantes rasgam os livros da Musica criando sempre o impensável… “ZZYZX” está repleto de histórias que ultrapassam a vida na Terra, com reflexões e narrativas sempre acompanhadas de ironia, senso de observação e inquietação, tudo de modo aprofundado e fundamentado. As letras tratam de tempo e espaço, doçura, sexo interplanetário – hétero e homossexual ou até mesmo transcendental –, drogas em busca da comunhão, escrituras sagradas, rock’n’roll para vencer a mesmice, paz e amor, guerra e solidão, indignação pela falta de sentido na vida do povo brasileiro e até uma bomba atômica sobre Brasília.

( Texto Cris Fusco / Flavia Fusco Comunicação )